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Produção de Resina

Postada em 24/04/2013 @ 8:39 PM

Produção de Resina

Graças às florestas cultivadas com espécies do gênero botânico Pinus o Brasil ocupa o segundo lugar, atrás da China, na produção da resina extraída do tronco dessas árvores.

Ao ser processada industrialmente, essa goma resulta num resíduo sólido, chamado de breu, e num líquido, a terebintina, matérias-primas usadas na fabricação de solventes, tintas, colas, adesivos, cosméticos e perfumes.

Até 1989 o Brasil era importador dessa resina. Atualmente, essa substância rende US$ 30 milhões por ano em exportações. Resina, madeira e celulose fizeram a demanda de pínus crescer 10% ao ano.

Atualmente o País produz 95 mil toneladas de resina por ano, segundo a Associação dos Resinadores do Brasill. Do faturamento de US$ 30 milhões previsto para este ano estão inclusos tanto o produto in natura como os derivados originários da destilação da resina, o breu e a terebintina.

O maior produtor brasileiro de resina é o Instituto Florestal, que possui uma área total de 25 mil hectares (ha) com pínus espalhados por várias unidades do estado. Todo ano o instituto faz uma concorrência por meio de edital e vende a resina.

A produção na safra 2004-2005 foi de 18 mil toneladas. Cada árvore dá cerca de 3 quilos de resina por ano, podendo chegar até 12 quilos. O Instituto Florestal mantém parceria com a Aresb e a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo) em um projeto para a sistematização da clonagem de pínus para resina, visando à formulação de um protocolo que possa ser usado pelos produtores para produção e uso do material clonado.

Espécies de Pinus vêm sendo introduzidos no Brasil há mais de um século para variadas finalidades. Muitas delas foram trazidas pelos imigrantes europeus como curiosidade, para fins ornamentais e para produção de madeira. As primeiras introduções de que se tem notícia foram de Pinus canariensis, proveniente das Ilhas Canárias, no Rio Grande do Sul, em torno de 1880.

Por volta de 1936, foram iniciados os primeiros ensaios de introdução de Pinus para fins silviculturais, com espécies européias.

As plantações comerciais começaram como negócio a partir de 1966, quando o governo federal instituiu incentivos fiscais para reflorestamento com bons descontos no imposto de renda.

Nessa época, além do Pinus, também começou no Brasil a plantação massiva de eucalipto (Eucalyptus sp.). Assim, pínus e eucalipto se transformaram nas madeiras principais de reflorestamento do país, abrangendo 99% da área plantada. Essas duas espécies são rápido crescimento para fornecimento de madeira e celulose. Elas tiveram duas grandes funções para o País.

A primeira foi evitar o corte de mais árvores nativas e a segunda, a criação de uma base florestal que permitiu a exportação de chapas, aglomerados, compensados e móveis. Segundo dados da SBS, dos US$ 21 bilhões referentes à produção de madeira, celulose e carvão no Brasil, em 2004, US$ 17,5 bilhões são de florestas plantadas - 61% de eucalipto e 39% de pínus -, os restantes US$ 3,5 bilhões são oriundos do extrativismo legal.

Nesses números não estão incluídas, é claro, as árvores retiradas irregularmente da Amazônia, por exemplo. As exportações do setor florestal foram, em 2004, de US$ 5,8 bilhões, a segunda receita agrícola atrás apenas da soja, com US$ 10 bilhões.

Do total produzido no país no setor de reflorestamento, 45% (US$ 9,4 bilhões) são relativos à madeira e móveis, 35% (US$ 7,3 bilhões) a papel e celulose e 20% (US$ 4,2 bilhões) à madeira que é transformada em carvão para uso nos fornos das siderúrgicas.